O site "Tenho mais discos que amigos" entrevistou o vocalista da banda carioca Matanza, Jimmy London. Veja uns trechos interessantes dessa entrevista, onde o cara expressa sua opinião sobre as bandas viadinhas da atualidade:
TMDQA!: Cinco anos se passaram desde o último disco de inéditas da banda. O que mudou de lá pra cá e como o Matanza se sente para o lançamento de “Odiosa Natureza Humana”?
Jimmy: O mais legal é exatamente isso: não mudou absolutamente nada. Eu continuo um cara cheio de piadas sem graça, o China so sabe falar merda e o Donida continua fazendo as músicas todas sozinho. Excelente nosso método de trabalho, e estamos nos sentindo como calouros lançando o primeiro disco.
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TMDQA!: Muito já aconteceu com o Matanza (e com várias outras bandas independentes brasileiras) pelo fato de seus integrantes precisarem de um trabalho “normal” e conciliar a banda com ele. Isso ainda continua? É possível viver de rock no país do samba?
Jimmy: A maioria de nós vive do Matanza. Na verdade, a escolha do Donida em não viajar se deve ao fato do trabalho dele exigir um esquema de “plantão”. Ele não pode simplesmente estar viajando e deixar pra segunda feira, porque as agências de propaganda trabalham assim. E também porque ele prefere não viajar, é uma questão de preferência pessoal.
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TMDQA!: A cena musical brasileira hoje é um tanto quanto estranha. Quando eu era moleque, vivi uma época em que o maior nome do mainstream era o Raimundos, com seu hardcore e palavrões infinitos. Hoje o maior nome do mainstream é uma banda de moleques que tem muito menos culhões e mais calças coloridas que amigos (trocadilho infame com o nome do site). O que você acha que levou a isso e como vê o futuro do “rock” brasileiro nos próximos anos?
Jimmy London: Moda é moda. Sempre vai ter. Você pode não lembrar, mas certamente também tinha uma banda viadinha fazendo sucesso na época dos Raimundos. Mas de qual das duas você se recorda? Qual das duas entrou pra historia?