Dave Mustaine, vocalista da banda de Trash Metal Megadeth, participou do documentário Primetime Nightline: Beyond Belief, Battle With The Devil, exibido ontem à noite pela emissora norte-americana ABC. A produção aborda como a batalha contra o demônio é espalhada pela América pelos que acreditam em sua existência.
Confira o que falou o vocalista do Megadeth:
A existência do demônio: A maior mentira que ele já contou foi que não existe. E você vê as pessoas achando que ele é vermelho, com cara de bode e rabudo, mas não. Ele é belo, como um anjo. Por que iria querer parecer um monstro? Ele pode ser igual a você. Poderia estar aqui, nesse momento. E nem saberíamos. É assustador.
Sobre o fato de muitos acreditarem que o Heavy Metal é a música do diabo: Em alguns casos é. Mas não em todos. Há bandas que acreditam em Deus e o glorificam. Rezamos todas as noites antes de entrar no palco.
Sobre não ter sido um cristão sempre: Minha mãe era Testemunha de Jeová e me criou nessa fé. Acabei me envolvendo com bruxaria por odiar ficar batendo nas portas das casas dos outros.
Sobre ter feito magia negra contra duas pessoas quando jovem, incluindo um garoto que o batia: Até onde sei, ele sofreu um acidente de carro e algo aconteceu com parte de seu corpo. Isso me mostrou que a magia é real.
A segunda, feita contra uma garota da escola: Todos a desejavam, mas era fora da minha realidade. Fiz e, no outro dia ela, estava em meu apartamento. Por isso acredito no lado negro. Muitos pensam que não é real, mas funciona.
Como sua fascinação pelo oculto prosseguiu na fase adulta: Fiz pactos de sangue. Isso foi antes de descobrirmos sobre a AIDS. Cortávamos dedos e juntávamos, nos tornando irmãos de sangue. Não quero mais estabelecer uma comunhão espiritual e misturar minha vida com alguém que não conheço direito. A Bíblia diz que sangue é vida.
A relação do alcoolismo com as influências satânicas: Nem sempre que bebi estava envolvido com isso. Mas sempre que estive envolvido, estava bebendo. Então, definitivamente, há uma relação.
Sobre não cantar mais algumas músicas, como o cover para “Anarchy in the UK”, dos Sex Pistols: Acho que sou mais perigoso agora que me tornei um cristão, pois estou armado com a verdade.