 
 Imagine se milhões de pessoas tivessem te visto nu antes mesmo de  você ter idade suficiente para dizer "embaraçoso". Essa é a história de  Spencer Elden, a quem você pode conhecer como o bebezinho nadando em  direção à nota de um dólar na capa do álbum de 1991 do Nirvana,  “Nevermind”. 
Em 2008, aproximadamente 17 anos depois, entre odiar a escola e jogar  pólo aquático, Elden ainda lutava para entender sua imagem (muito)  pública.
"Uma quantidade razoável de pessoas no mundo viu meu  pênis", diz ele da sua casa em Los Angeles. "Então isso é meio que  legal. Eu sou apenas um garoto normal vivendo isso e fazendo o melhor  que posso enquanto estou aqui".
O “Nevermind” é frequentemente creditado por ter mudado a cara do rock.  A participação nua de Elden neste importante momento musical histórico  foi um tanto acidental; Kirk Weddle, o fotógrafo que trabalhava na capa,  era apenas um amigo do pai de Spencer, Rick.
"[Ele] nos liga e diz, 'Ei Rick, quer ganhar 200 pratas e jogar seu filho  na água?'" Rick relembra. "Eu disse, 'O que que rola?' Então ele disse,  'Bom, eu estou fotografando crianças essa semana inteira, por que você  não me encontra no Rose Bowl, e joga seu garoto na água?' E nós somente  fizemos uma grande festa na piscina, e ninguém fazia idéia do que estava  acontecendo!"
Três meses depois, enquanto dirigia  pela Avenida Sunset Blvd., a família Elden se deparou com um Spencer de  9x9 pés nadando na parede da tradicional  loja Tower Records. Dois meses depois, a Geffen Records mandou a  Spencer Elden, que contava com um ano de idade, um álbum de platina e um  ursinho de pelúcia.
Nos anos que se passaram, 26  milhões de álbuns foram vendidos. Enquanto Elden aprendia a andar. falar  e cantar - seus pálidos braços de bebê se esticavam na parede de  milhões de fãs grunges; suas partes privadas permaneciam ampliadas em cartazes e pisos.
Em  alguns lugares, sua imagem pegou. Outro dia, seus amigos se depararam  com um foto gigante do “Nevermind” no piso de uma loja de discos em  Hollywood.
"Meu amigo disse, 'Ei, eu te vi hoje'. E eu respondi,  'Cara, eu trabalhei o dia inteiro' E ele disse, 'Não, eu fui na Geffen  Records, e você estava no piso e flutuando e eu pisei na sua cara.  'Porque eu imagino que eles tem tipo uma coisa que flutua onde as  pessoas podem andar por cima de mim e tal... então é meio que legal,"  diz ele.
Entretanto, a vida em geral não é tão "legal" como quando  ele pulou pelado na piscina no início dos anos 90, diz ele. Nos dias de  hoje, seus pares se ocupam apenas com a Internet e video games.  Ironicamente, ele sente-se atraído pela era que deu a Kurt Cobain,  vocalista do Nirvana, tanta raiva.
Nos  dias de hoje, diz Elden, seus contemporâneos se concentram em "jogar  Rock Band no Xbox, tipo, isso não é uma banda de verdade! Essa é a  diferença entre os anos 90 e os garotos de hoje; garotos no anos 90  realmente se juntavam e montavam uma banda (de verdade)!"
Mas  apesar de tudo, a vida é boa, diz ele. Quando não está se frustrando com  vídeo gamos e computadores, Elden curte música — na sua maior parte  techno — e carrega uma enorme carga de raiva, em grande parte pelo fato  de estar "muito de saco cheio" no ensino médio.
"As mesmas  pessoas, os mesmo professores... ir até o seu armário, se preocupar com  garotas estúpidas... Eu quero que algo aconteça, eu quero viajar," diz  ele.
No último outono, ele viajou — para uma escola militar por  seis meses. Tudo o que seus pais vão dizer é que ele teve sua quota de  "testar autoridade".
Agora ele tenta se formar no ensino médio um  ano mais cedo. E ele fala sobre tentar entrar para West Point ou se  tornar um artista... ou sei lá.
Como Spencer costuma dizer, "Eu apenas encaro as coisas como elas vêm. Se eu gosto, eu gosto; se eu não gosto, eu não gosto".
 







 

 
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