[Entrevista] Especial: Lancelot Lynx

Posted by Jhon Olliver On segunda-feira, 19 de setembro de 2011 0 Comentários



Para abrir com chave de ouro o nosso projeto de divulgação de bandas independentes, entrevistaremos a banda Lancelot Lynx. Alguns fatos curiosos são que a banda é Irlandesa, mas é composta por um brasileiro, um eslovaco e um polonês. A banda foi formada em 2005, na Irlanda, porém se chamava Mata Hari, o nome só veio ser mudado para Lancelot Lynx em 2009, na mesma época que a banda deixou de apenas fazer covers para fazer suas próprias composições. De certa forma essa é uma banda que tem feito uma diferença sonora na Europa, pois faz um som bem mais tradicionalista do que o habitual na região (as músicas para ouvir e download estão no fim do post). Para que vocês conheçam mais sobre essa excelente banda, hoje o Rock’s File entrevistará o frontman do grupo, o brasileiro Beto Kupper (Vocal, Baixo e Composição).

Rock's File: Beto, primeiro gostaríamos que nos contasse um pouco sobre a formação da banda desde seus primórdios até os dias atuais. Os membros que passaram pela banda, os que continuam e os seus respectivos períodos, datas, etc...
Beto Kupper: No começo a banda se chamava Mata Hari e na realidade a primeiríssima encarnaço da banda se deu em Sao Paulo em 1992 com o guitarrista Alexandre (Blackmore) Gonçalvez e o baterista William (Yan Kao) Carmo, e que acabou no mesmo ano. Entre 1993 até 1999 eu estava trabalhando com outros projetos e só retomei a ideia de usar o nome "Mata Hari" em 2000 quando começamos como uma banda de cover de Classic Rock. Durante esses cinco anos de atividade eu tive a imensa sorte de tocar com os melhores músicos de São Paulo. Grandes guitarristas como Mello Jr., Marcio Alvez, Ciro Visconti, só pra citar alguns. Alem de super bateristas como Guga Camargo, Macerlo Camarero e Rapahel Rosa tambem passaram pelo grupo. Quando eu remontei a "Mata Hari" aqui na Irlanda em 2006, musicos muito bons passaram pela banda, como os guitarristas Patrick O'Sullivan, James Barron e Colm Cahill que foi quem gravou as guitarras no EP antes de deixar sua vaga para o atual membro o guitarrista polonês Michael Kulbaka. Meu primeiro baterista irlandês foi um músico medíocre chamado Paul Shortt que foi rapidamente substituido pelo atual batera eslovaco J-Roz.



RF: Desde o começo o nome “Lancelot Lynx” me despertou certa curiosidade. O que ele realmente significa e de quem foi a ideia desse nome?
BK: Tanto o nome "Lancelot Lynx" quanto o antigo nome "Mata Hari", vieram de um programa de TV semanal que passava no Brasil nos anos 70 para crianças chamado Lancelot Links (The Secret Chimp) em que chipanzés ensinados eram os personagens numa trama que misturava 007 com música psicodélica hippie. Existem alguns episódios online no youtube. Quem tem mais de trinta anos deve se lembrar.

RF: Conte-nos porque se mudou para a Irlanda. O cenário do rock brasileiro não estava atendendo às suas expectativas? Você tinha alguma banda ou projeto no Brasil?
BK: Como ja citado anteriormente eu toquei com grandes músicos no Brasil desde o final dos anos 80  ate 2005 quando vim para cá. E apesar de ter tocado nas melhores casas noturnas, rádios de Rock e alguns festivais, eu nunca tive o apoio dos meus companheiros de banda para compor um trabalho próprio. E toda vez que eu tomava uma iniciativa, os demais integrantes não demonstravam interesse, ou pareciam não acreditar num projeto de música própria e a coisa nunca saia do papel. Além da falta de lugares para apresentar música própria, especialmente Hard Rock e Heavy Metal em inglês. Ou seja, músicos profissionais, mas que nao acreditam em composição. Isso é triste, para não dizer lamentável.

RF: O que te fez abandonar esses projetos para procurar uma carreira musical em outro continente? E valeu à pena?
BK: Evidentemente o desacredito dos músicos, unidos com a falta de perspectiva em compor e tocar shows ao vivo para uma platéia interessada fez com que ir para outro país fosse uma idéia bastante interessante. Além do que o Brasil culturalmente falando está, desde os anos 90, numa decadência franca e eu não vejo como a situação possa piorar. Bandas boas de metal brasileiras tocam Power Metal ou Death Metal, e esses não são a minha praia. Queria tocar Metal Clássico e não vi perspectivas pra tanto no Brasil. Se valeu à pena? Ouçam o nosso EP e me digam. Se vocês gostarem, pra mim já valeu a pena!

 
Beto Kupper, vocalista e baixista

RF: Ao chegar à Irlanda, como foi o processo para formar a banda? Você teve dificuldades? Referindo-me à parte de adaptação. Pois, cada um dos membros é de uma nacionalidade diferente.
BK: A minha dificuldade de se adaptar foi a mesma a dos demais integrantes que não são nascidos aqui. Nos primeiros meses é dificil, a gente passa por um período forçado de voto de silêncio pois não podemos nos expressar com a mesma desenvoltura de que em nosso país de origem, mas com o passar dos anos a gente vai se adaptando, um dia de cada vez, controlando a saudade, trabalhando, rezando e cultivando novos relacionamentos. Ficamos mais humildes e vemos o quanto coisas que consideramos irrelevantes sao na verdade essenciais.

RF: Como é o cenário do rock na Irlanda? Suas expectativas foram atendidas quanto ao que você esperava?
BK: Eu tinha uma imagem de que a Irlanda fosse um celeiro de grandes bandas e grandes músicos, mas se isso existiu mesmo, deve ter ficado no passado. Em setembro de 2005, quando comecei a frequentar as casas de shows, eu fiquei muitíssimo decepcionado com a qualidade das bandas e dos músicos. Eu ainda estava com minha passagem de volta marcada e por muito pouco que eu não voltei. Ainda mais porque no Brasil, com a minha banda Mata Hari, eu tocava com os melhores músicos de São Paulo. Resolvi ficar e ver o que o destino me proporcionava. A falta de músicos capacitados ainda é um problema. Se não fosse o forte apoio do baterista eu provavelmente já teria desistido. No momento estamos procurando por um segundo guitarrista, pois o line-up ideal para nosso som é com dois guitarristas. Mas achar músico bom por aqui não é tarefa fácil.

RF: Uma vez você citou que Michal Kulbaka seria o primeiro guitarrista não-irlandês do Lancelot Lynx. Há algum motivo para esta dificuldade em encontrar bons músicos na Irlanda?
BK: Esse é o outro lado da moeda. Os irlandeses hoje em dia, levam uma vida fácil se comparado com as antigas geraçoes que foram bem sofridas. Essa nova geração atual nao tem a garra de lutar por nada. Qualquer dificuldade eles largam o barco, pois não têm a noção do que é lutar por um objetivo. Isso se dá desde a falta de esforço em aprender o instrumento até a indisposição em sair para “ralar” com a banda. O cidadãos oriundos do leste europeu, pelo contrario, sao pessoas sofridas que sairam de seus paises destruidos pelo comunismo e carregam enorme cicatrizes. Sofrimento se bem direcionado pode gerar bons frutos artistícos, mas da indolência e preguiça nao se tira nada.

 
Johnny Roz (J-Roz), baterista
 
RF: Defina o estilo musical do Lancelot Lynx. No que o som de vocês se diferencia não só das bandas locais como também da Europa em geral?
BK: Nós tocamos Hard Rock e Heavy Metal tradicional. Uma rádio de Londres nos definiu como Classic Metal e eu achei conveniente. Enquanto as bandas de rock tendem a seguir um caminho radical elas acabam por se tornar das duas uma, ou extremamente pesada/gutural ou extremamente complicada com muitas passagens complicadas e virtuosismo exagerado. Difícil achar na Europa uma banda que faça o som que nós fazemos. Atualmente as bandas são de som extremo gutural ou tem influencia de New Metal, Post-Punk ou Emo. Nós somos mais tradicionalistas e não queremos perder a melodia e o groove do Heavy Metal original e suas influencias. Nós temos por filosofia nos concentrar na música e fazer o melhor para que a música tenha um reflexo no ouvinte. Não deixamos que a vontade de tocar rápido ou complicado sobreponha o cuidado em compor cada parte da música. Resumindo, a gente toca o suficiente para o que o recado seja dado. Nem mais, nem menos.

RF: A discografia do Lancelot Lynx até agora conta com apenas um EP autointitulado. Poderia nos contar como foi o processo de composição, gravação, mixagem e lançamento desse EP?
BK: Em 2008 nós alugávamos um container de navio para usar como estúdio, e ensaiávamos num frio abaixo de zero. Às vezes estava mais frio dentro do que fora do container por ele ser todo de metal. Forramos o container com caixa de ovos e levamos sofás velhos que estavam pro lado de fora das casas, cortinas velhas e mais um monte de lixaria. Instalamos pontos de eletricidade e até que ficou bem simpático, apesar de não ter banheiro. O processo de composição foi simples. A gente começava a trabalhar em cima de riffs que estavam a tempos na minha cabeça. Trabalhávamos em três, quatro músicas ao mesmo tempo, tocando o mesmo riff centenas de vezes até surgir outra ideia e ir desenvolvendo. Às vezes a gente ficava três meses num riff só pra ver que de fato não funcionava. Mas é assim que se compõe. Muito trabalho, muita experimentação e uma boa dose de boas influências e talento natural. Eu e o baterista temos uma simbiose muito boa mesmo que a gente parta pra porrada quase que todo ensaio (risos)! Em 2009 nós saímos do container para um depósito (ainda sem banheiro), mas já estávamos com um computador Apple (Pro Tools), microfones melhores e começamos a gravar. J-Roz foi o responsável por toda a gravação e produção. Levamos meses para terminar todos os tracks e por fim levamos para mixar profissionalmente em Dublin em outubro de 2010.

RF: Também foi citado uma vez que a formação do Lancelot Lynx ainda não está completa, pois mais um guitarrista é necessário para fazer o line-up perfeito para o som da banda. De que forma você acredita que isso mudaria o som da banda?
BK: Não irá mudar o som da banda, mas pelo contrário, adicionar outro guitarrista vai fazer a banda soar mais fiel às gravações de estúdio, onde varios tracks de guitarra foram gravados e reproduzir isso ao vivo ficará mais natural com outro guitarrista, afinal para os shows ao vivo adaptamos para uma guitarra o que foi originalmente composto para duas.

 
Michael Kukbaka, o atual guitarrista

RF: Cite algumas das influências do Lancelot Lynx ao compor suas músicas. Alguma vez vocês tentaram se assemelhar ou “soar como a banda tal”?
BK: Eu não tento soar como banda X ou Y intencionalmente, mesmo que isso seja inevitável, afinal música inspira música. Mas eu diria que Thin Lizzy é, não somente minha maior influência como tambem de onze entre dez bandas no mundo inteiro, entre estas, Iron Maiden, Guns N' Roses, Metallica, Megadeth só para citar as mais famosas. Não dá pra medir o quão influente o Thin Lizzy é no Hard Rock e Heavy Metal, desde o começo dos anos 80 até hoje, no mundo inteiro. Quando eu componho, eu tento seguir meus instintos e focar no que a música pede no momento. Além disso, as influências mais modernas são do baterista J-Roz que culminaram no EP que está ai disponível pra vocês ouvirem e avaliarem. Minhas bandas prediletas alem de Lizzy, são Kiss, Megadeth, Iron Maiden antigo, Deep Purple, Dio, etc.

RF: O Lancelot Lynx tem sido bem sucedido na Irlanda e na Europa? As pessoas curtem seu som? Como é a recepção de quem ouve vocês tocarem?
BK: Apesar de ainda sermos uma banda underground a recepção do público tem sido absolutamente fantástica. Fomos escolhidos track da semana numa rádio de Londres por três semanas seguidas. A reação do público nos nossos shows é incrével. O EP tem sido executado tambem em Boston nos EUA, Alemanha, Polônia e várias webradios européias. Aqui na Irlanda no ranking do site reverbnation passamos de 96º à 18º em apenas duas semanas. No Brasil a reação tem sido ótima também. Estamos bastante entusiasmados.

RF: O que mudou desde que a banda foi fundada? O reconhecimento aumentou? Vocês estão satisfeitos com os resultados?
BK – Mudamos o paradigma. Basicamente a gente deixou de ser uma banda cover, para ser uma banda de carreira. E são dois universos completamente opostos e que nao se misturam. Quando tocávamos covers não tínhamos reconhecimento nenhum, independente de nossas habilidades musicais. Hoje as pessoas estão comecando a nos levar à sério e a tomar conhecimento do nosso potencial. 

RF: Quanto à repercussão da banda. É impossível não notar que a internet é parte fundamental na divulgação de qualquer banda, tanto as conhecidas quanto as nem tanto assim. Qual foi o papel da internet ao longo da existência do Lancelot Lynx?
BK – A internet é o meio natural de comunicação e divulgação. Hoje em dia não se precisa de grandes estúdios para que se faça boas gravações e se a música for de qualidade ela pode andar com os “próprios pés” graças à digitalização e aos downloads. Nada se compara em ter o CD ou LP original da sua banda predileta, mas você não é mais obrigado a comprar um álbum inteiro por causa de uma música. Isso virou de cabeça pra baixo a indústria musical como nós a conhecemos, e não precisamos de uma gravadora pra que vocês possam ter acesso as nossas músicas. E isso é, de certa forma, positivo. Portanto podem baixar as nossas músicas à vontade.

RF: A banda está novamente em processo de composição? Existem planos ou expectativas para o futuro próximo? Nesse futuro próximo há possibilidade do Lancelot Lynx vir ao Brasil?
BK – Estamos em fase de composicao do novo álbum. No momento estamos procurando agentes para tocar em festivais dentro e fora da Europa. Se Deus quiser, estou confiante que algo vai aparecer e se calhar de passarmos pelo Brasil, seria um sonho realizado, especialmente pelos meus companheiros de banda que sonham em conhecer as mulheres brasileiras, tomar caipirinha e ir numa típica churrascaria gaucha (risos!)... Vamos ver o que o futuro nos reserva. Enquanto isso, vamos trabalhando! Fiquem com Deus. Keep on rockin'!

Beto Kupper




O Beto nos disponibilizou os links para ouvir e baixar gratuitamente as músicas do EP do Lancelot Lynx, o qual nós iremos sortear nos próximos dias aqui no blog, portanto, acompanhe nossas postagens!


Para ouvir as músicas clique aqui.


Para baixar o EP clique aqui.

As letras das músicas está disponiblizadas abaixo, basta clicar no nome da música para expandir:


This is the seventh circle / Try a new taste of pain Forget your past / Cause now it’s too late Because you have sealed your fate Deep is the abyss where darkness abound Where all the joy was drained Cause this is the seventh circle / A place of all disgrace This is the seventh circle Try a new taste of pain This is the seventh circle / Try a new taste of pain The street’s too narrow / To hanging around But that’s your only way Drown yourself in the river inflame Boiling blood in veins This is the seventh circle / A bloodstain in your brain This is the seventh circle Try a new taste of pain This is the seventh circle / This is the seventh circle


You can call me drifter / Write it on the wall And you can call me gypsy / Yet you still keep me hanging on Now Is the time for distress / Just take a look and you'll see You will beg forgiveness baby / You‘ll get down on your knees I wish i could keep hanging on / There's nothing you can say and it's knocking at the door Let it Roll / Let it Roll I can hear you call my name / I can hear you call my name Even though you're gone With no one as witness / I’ll carry this burden alone But somehow I’m feeling stronger baby / I got strength to carry on No more pain will suppress / This is the place I should be I will beg forgiveness Lord / I‘ll get down on my knees I wish i could keep hanging on / There's nothing you can say and it's knocking at the door Let it Roll / Let it Roll I can hear you call my name / I can hear you call my name


Come on baby, listen to what I say Feel it coming from miles away Keeping her so deep inside She brought me down and that’s the bottom line Keep coming Speed up and reach the fastway Keep coming / Cool down I've reached the fastway Let’s move around What if I can’t disguise How can I walk with you down the line Am I looking for a brand new heartache Well, in the end it was my mistake Keep coming Speed up and reach the fastway Keep coming / Cool down I've reached the fastway Let’s move around


I got a hot rod custom parked in my yard My father always believed I wouldn't go too far Sagging off, shake it up, we're having a party tonight I wanna thrill you up then lay you down Anything to make you feel better Sneaking out of window just to have a private party tonight Listen up hot mama, give me back my money I gotta fix my ride and it won’t be funny If I have to pick you up and make it to the party tonight Hot mama, give me back my money I gotta ride and it won’t be funny I'll take the chance to make things happen tonight I got a high class girl who wanna be a star A red hair swaying in the back seat of my car Driving down, flipping out, I'm taking my chances tonight She ask me to tie her down, fill her up Make her delirious with pleasure Come on out, honey, we're gonna have a private party tonight Listen up hot mama, give me back my money I gotta fix my ride and it won’t be funny If I have to pick you up and make it to the party tonight Hot mama, give me back my money I gotta ride and it won’t be funny I'll take the chance to make things happen tonight


If you want to leave me / It might get me off the hook / But if you want to keep me baby / You better start follow the rules / Do it in the morning / Do it in the evening / Do it in the afternoon And even in the night time, baby / We're still doing on the top of the roof, yeah You shouldn't try to tease me / Now what are you gonna do? Can you feel it coming, baby? / And it's coming after you Now it's getting warmer / Now it's getting tighter / Now it's getting fast Don't make me beg for it baby / Just do me and do me good I never said that your loss is my gain / This situation is driving me insane I just got to get you away / Far away I want to take you far away from here I can see you're hungry / I sure can feel you're desire Get down and dirty with you baby / It's more than I could ever aspire Work from nine to five / Just to make you mine Need more than just survive / Let's get it on right here, baby We ain't got nothing to loose / Out of the pan right into the fire / I'm already covered in flames / I just got to get you away Far away I want to take you far away from here


The winter it has passed And the summer's come at last The small birds are singing in the trees And their little hearts are glad Ah, but mine is very sad For my true love is far away from me Oh the rose upon the briar By the water running clear It brings joy to the linnet and the bee And their little hearts are blessed Ah but mine can know no rest For my true love is far away from me And it's straight I will repair to the Curragh of Kildare For it's there I'll find tidings of my dear For it's there I'll find tidings of my dear All you who are in love Aye and cannot it remove I pity the pain that you endure For experience lets me know That your hearts are filled with woe It's a woe that no mortal can endure A Livery I'll wear and I'll comb back my hair And in Velvet so green I will appear And it's straight I will repair to the Curragh of Kildare For it's there I'll find tidings of my dear For it's there I'll find tidings of my dear And it's straight I will repair to the Curragh of Kildare For it's there I'll find tidings of my dear For it's there I'll find tidings of my dear Para baixar esta música clique aqui.



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